Meanwhile, in the hall of justice...

Eu sempre gostei de coisas . Às vezes, acho que tenho saudades de coisas que eu não vivi. Tenho o péssimo costume de guardar tudo, de brinquedos da infância a um parafuso que segurava uma das laterais da minha velha cama. Sofro da doença conhecida como Síndrome do Vaique. "Vai que eu preciso disso algum dia..."

Tenho uma predileção especial pelas décadas de 70 e 80. Como eu gostaria de ter passado pela era "Disco", dançado ao som de Bee Gees quando eram lançamento... Como eu queria ter uma consciência melhor formada para poder ter aproveitado todos os planos econômicos, de 86 até o plano Real...

O meu Atari tá bem conservado. Tenho um Telejogo 2 Philips e pretendo comprar um Odyssey. Playstation eu também acho massa, mas não quero um agora. Tenho um tanto de discos de vinil, e uma boa coleção de fitas cassete. Não os ouço por não ter onde tocar.

Tenho boxes dos Super Amigos e De Volta Para o Futuro, tenho um VHS original do primeiro Star Wars (dia 20 vem o III), sei praticamente de cor o roteiro de Embalos de Sábado à Noite (inclusive tenho a trilha sonora original em cassete e LP - duplo).

Estou ajudando a pesquisadora Simone Sartori no seu projeto "Mofolândia", uma coletânea dos anos 80. E estou me divertindo muito.

Eu gosto destas coisas todas.

Eu só não gosto do que está na moda. E esta época está muito na moda. Méritos à Editora Abril e sua publicação Flashback, um verdadeiro repositório de dados sobre os 80's. Mas o que realmente me incomoda é que agora é cult gostar desta época, destas coisas. Se há dois meses eu resolvesse mandar colocar meu jeans bag com pespontão, minha camisa Transport, meu tênis Le Cheval, e quisesse ouvir uma fita de Technotronics no meu Philips Sound Machine enquanto jogava Genius tomando uma lata (de lata, não de alumínio) de Taí, eu seria tachado de ridículo. Mas hoje não.

Hoje é moda ser "eighties". É super "in". "Supimpa", ousaria dizer. Mas é moda, e como toda moda, graças a Deus, vai acabar. E só resistirão aqueles que realmente apreciam esta época, sem se deixar levar por tendências. Restarão aqueles que ainda têm coragem de usar aquelas pulseiras sintéticas no pulso, que pareciam ser de cordinha de varal, ao invés dessas pulseiras "nikeneanas" do Lance Armstrong, que mesmo no maravilhoso Reino de Camelôt custam uns 20 contos.

Restarão apenas aqueles que realmente usaram New Wave no cabelo, que assistiam à ilha da Fantasia só pra ouvir o anão Tatu gritar: "Avião, avião!!!". Sobrarão os fortes, que se empanturravam com Mandiopã, ou mesmo Mirabel! E tenho dito!!!

*******************************************

NP
"Play That Funk Music"- Wild Cherry

Coisas que eu aprendi desde o último blog
* O saco do chefe é o corrimão para o sucesso.
* O nome de uma pessoa é um de seus maiores patrimônios (se não o maior).
* Fazer elogios é bom, mas recebê-los é do caralho!!!
* Amigos, assim como o nome, devem ser preservados.
* O cinismo é uma dádiva divina, e saber usá-lo é coisa do capeta!

"Play that funk music, white boy, lay down of boogie and play that funk music 'till you die"