08 janeiro, 2006

"Gutes Neues Jahr"

Ou "Froehliche Weihnachten", não sei ao certo. Só o que eu quero é desejar a você, querido (a) leitor (a), um feliz Ano Novo!!! Que 2006 seja repleto de tudo o que há de bom nas nossas vidas, não é mesmo?

Este é o Goleo VI, o mascote da copa.

E a felicitação é em idioma germânico, afinal, esse é o ano da FIFA Fussball Weltmeisterschaft!!! E eu já tenho até tabela pronta e tudo o mais!!!

Estou de volta às terras londrinenses, temporariamente, para o adimplemento de minhas obrigações junto às companhias telefônica, de energia elétrica e para honrar a, provavelmente, mais vil de todas as cobranças: o condomínio.

Estive longe de quase todos os contatos digitais no final do ano passado. Um parêntese: hoje estava vendo A Praça É Nossa (ê, televisão de domingo...) e o personagem do Moacir Franco estava catarolando: "Adeus, ano velho; vai embora, ano velho; vai pro cacete, ano velho!". ê, aninho enjoado que foi 2005. Mas já passou, ufa!!! Fecha parêntese. Lá em Ivaips, internet só discada, lá no escritório do meu pai. Lenta e proporcionalmente cara. Por isso a falta de todos aqueles spams de fim de ano, seja por e-mail ou mesmo no Orkut. Recebi muitos, agradeço a todos. Mas não mandei nenhum. Podia tê-lo feito, mas era dispendioso e eu realmente não aprecio muito esse grau de impessoalidade.

O que interessa é que no natal estávamos em umas 30 pessoas, mais ou menos, na nossa casa, no almoço. Família (Zé, Tê e Dani), minha irmã postiça (beijão, Elaine!), meu tio Geraldo (me lembrem de falar algo sobre ele mais pra frente) e sua família (veio também a bela namorada do Filipe, meu primo), o vô e a vó, parentes de Sorocaba (em maior número), minha tia e meus primos (Lena, Dudu e Ana), o Ed (que será em breve da família, agora noivo da Ana). Acho que é isso. Quanta gente, quanto barulho, quanta comida, quanto panetone, quanto espumante (porque champagne, só o francês mesmo). Na ceia, que também serviu como festa do noivado, rolou de tudo, de tudo mesmo. Tinha gente passada de vinho, tinha cachorro comendo como gente, tinha flashes pra lá e pra cá (o que me fez lembrar que eu preciso urgente de uma câmera digital), tinha gente feliz, tinha gente que não estava tão feliz assim. Ah, obrigado por lembrar: teve até mesmo eu e o Gê, pai de família, pastor de uma comunidade evangélica, homem sério, dançando funk. Isso mesmo!!! Mas tudo na santa paz, que fique claro. Foi hilário!!! Se a Dani ainda não fez, vale a iniciativa de criar uma comunidade no Orkut "Meu tio pastor dança funk!". Seríamos, com certeza, poucos. Mas felizes. Tudo foi festa.

Daí o povo foi indo embora, os parentes foram voltando para suas respectivas casas e a rotina voltou. É sempre assim: Natal se passa com a família, Reveillon se passa com os amigos. Essa foi uma das passagens de ano mais melancólicas que eu já tive. E não estou dizendo melancólica no sentido melancia + alcoólica (mas que trocadalho do carilho, meu coquinho!). Impreterivelmente os últimos reveillons eu tinha passado em clima de festa. Vâmo lá:

* 2001 pra 2002: foi num tal de vai pra praia, volta pra Londrina. Tinha sido aprovado no concurso dos Correios e estava em fase de testes para a aprovação. Fui até Shangri-lá de busão, passei lá a virada. Volta pra Londrina, faz mais um teste, volta pra praia, desta vez pra Guaratuba. Fica mais uns dias, volta pra Londrina. No final, nada de trabalhar nos Correios.

* 2002 pra 2003: agora estudando em Guarapuava, estava de férias no jornal onde trabalhava. Fomos novamente pra Shangri-lá eu e minha então namorada, que viajou escondida do pai (só a mãe sabia). A viagem foi bem curiosa: ao chegar em Curitiba, não tínhamos nem idéia de que hora sairíamos pro litoral. Quando os guichês da Graciosa abriram às 6 da manhã, já estávamos na fila, enorme, e pelas minhas contas deveríamos sair de lá por volta das 10, 11 da manhã. Um chá de rodoviária. Eis que num repente surge uma boa alma, com duas passagens na mão, quase gritando para aqueles que estavam em fila: "eu tenho duas passagens pra Pontal do Sul pras 7 e 1, mas não...", foi tudo o que eu ouvi. Quase caí ao pular as cordinhas da fila e praticamente abracei a senhora. Já com o dinheiro na mão, comprei dela os bilhetes, que pareciam brilhar como tesouros descobertos. A despeito das vaias e protestos locais, saímos da fila para o embarque, como se fôssemos os escolhidos. Na descida da serra, uma severa cólica de rim estragou a paisagem. Aliás, essa foi a tônica daquele reveillon. Apesar de estar cercado de pessoas maravilhosas (minha família também foi), não pude aproveitar muito. Dia 31 de dezembro, por volta das 3 da tarde, lá estava eu, no hospital municipal de Paranaguá, com um soro espetado no braço e alguns mililitros de Buscopan e Voltaren dissolvidos nele. Passei a virada totalmente grogue, o que gerou protestos por parte da minha então querida acompanhante. Mas entre mortos e feridos, salvaram-se todos.

* 2003 para 2004: ainda com a mesma namorada da virada anterior, segui a receita tradicional já comentada aqui: Natal em família, Reveillon com os amigos. Ela veio para Ivaips, chumbada de Dramim. Passamos lá o Natal, com direito a amigo secreto e tudo (o único que fizemos na família, não achei a menor graça). Na passagem do ano, fomos para a cidade dela. Caminhadas, lavar louça, sair escondido pra família não saber que ela fumava (fuma ainda), lava o carro. Fomos passar os últimos minutos do ano no centro, sob as bênçãos do Cristo e cobertos por uma bela queima de fogos. Na seqüência, pega o carro do (quase) sogro e toca pra uma cidade a alguns bons quilõmetros dali pra uma bailanta, um rastapé regado a sanfona, cerveja e suor, não necessariamente nesta ordem. Festa, alegria e paixão. Pena que acabou.

*2004 pra 2005: eram 23h30 do dia 31 e eu estava lá, dentro daquele prédio cinza nefasto, com as janelas abertas olhando os fogos espocarem no céu. Sim, eu estava atendendo meus clientes na virada do ano. É mensagem que não vai, é ligação que não completa, é gente passando trote. No Natal meus pais tinham vindo pra cá, e tinha sido mais ou menos no mesmo esquema, eu atendendo até as 23h30 do dia 24. Saí do prédio e uma pessoa que agora se intitula como "ex-amigo" estava lá me esperando. Fui passar a virada com a sua família, pra não ter que ficar sozinho na virada, deprimente. Naquilo que mais tarde foi definido por ele mesmo como sendo comportamento de um motorista "muito displicente", passamos a virada do ano empurrando o seu carro, momentaneamente sem combustível. Estava eu lá, suando feito uma puta presa, empurrando um carro enorme enquanto todos os vizinhos nos olhavam, piedosos. Dizem que o que você faz nos primeiros minutos do ano, seguirá fazendo durante os outros 364 dias. Não foi tão preciso assim, mas que eu me fodi bastante durante o ano passado, isso sim.

* 2005 para 2006: depois de um Natal inebriante de festa e gente, passamos a virada eu, meu pai e minha mãe. Na mesa, um Cella Rosso, uma forminha de rondeli e um tender que, se não fosse pela minha vontade de logo comê-lo, teria ficado mais bem decorado. Contagem regressiva na televisão, queima de fogos em Copacabana, algum foguetes também em Ivaiporã (até a gente soltou fogos, fato inédito), beijos e abraços cheios de sentimento, mas com uma pontinha de tristeza, de melancolia mesmo, não sei o porquê. Talvez pelo fato de que minha mãe estava indo dormir na casa dos meus avós para que deles pudesse cuidar. Talvez pela ausência de todas aquelas pessoas (que apesar de tudo, fazem falta) que ali estiveram alguns dias antes. Não sei. Foi bom passar ali, em família. Mas que foi um pouquinho triste, foi. Talvez pela ausência da maresia, das ondas (mesmo que debaixo de chuva como foi nesse ano), da ausência litorânea.


Mas aqui estamos nós, começando um novo ano, cheio de desejos, vontades, sonhos, metas. Eu mesmo tenho alguns planos. Um computador novo, uma câmera fotográfica digital, meu violão, um corpo novo, meu diploma, um emprego. E vamos nós, lutar para que possamos atingir todos os nossos objetivos, para que tudo não fique como na desmotivação de hoje. Enjoy it!

Desilusões


Não há alegria maior do que voar alto nas asas dos seus sonhos, exceto talvez a alegria de assistir a um sonhador que não tem onde pousar, a não ser no oceano da realidade.

Uou, essa é pesada, não? É bom lembrá-la no dia 9 de julho. Vou torcer muito, mas muito mesmo para que o Brasil vença a Copa. Mas tenho a certeza que isso não irá ocorrer. Não é economicamente viável que o Brasil vença esta Copa. Seriam seis títulos contra três dos rivais mais próximos. A competição perderia a graça. Faço minhas apostas na anfitriã Alemanha, na Itália, na Inglaterra e também na Holanda, que já passou da hora de levar o caneco. O tempo dirá se estava errado.

Abraços a todos, beijos a todas. Obrigado por acessarem o 66.102.15.101 (o IP atual do meu endereço) para lê-lo, isso me deixa muito feliz. Muito mais feliz ainda eu fico quando vejo que há comentários. Continuem por aqui, lendo e, na medida do posível, comentando.

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No meu iTunes
"Slow Down" - Morcheeba

Coisas que eu aprendi desde o último post
* Padres loucos há em todo lugar, seja na Espírito Santo, em Ivaiporã, ou na Lapinha, em Salvador.
* Nada como o tempo para curar as feridas (é piegas, mas é verdade).
* 2005 foi ruim sim, mas teve vários momentos bons. Eu até viajei de avião! E de graça!!!
* O Fantástico mostrou: é possível fazer sorvete de TABACO!!! Muito bom!!!
* Amigos são a melhor coisa do mundo!!!

Maicon, você foi o ganhador do prêmio de fim de ano. E pode ficar tranqüilo que não vou te cobrar o frete.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

kra... q retrospectiva ein?
bons planos tb,,, compartilho de alguns. Altas metas pra esse ano, inclusive metas. hehe
Mas é aquele mesmo esquema da copa, o tempo dirá. A fudição total pode vir da tentativa de previsão das coisas. E o sucesso, talvez, possa morar naquela total e desgovernada casualidade. Kra, de fé q as vezes, as vezes, acontecem coisas massas sem q vc espere e, no final, é massa. Jjejeje
Aquele abraço kra.. e qndo aparecer por aqui, apareça. Flw mano

quarta-feira, 11 janeiro, 2006  

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